1/22/2007

Postzão - Parte II


Fico abismado com o Almodóvar. De Carne Trêmula até Volver (2006), todos os seus filhinhos são lindos de morrer. O modo como ele consegue isentá-los de moralismos é objeto de estudo por qualquer um desses roteiristinhas espertos de Hollywood. Cada crime é imediatamente perdoado pelo público, que se torna cúmplice das personagens. Porque elas são queridas, queridas até não mais poder. Não há cineasta no mundo que filme tão bem as mulheres. Ele passa a mão na cabeça delas, leva pra passear, compra presentinho, alimenta, dá banho e põe pra nanar. Um paizão. Penélope que o diga! Nota 9.

Venho de uma geração que aprendeu a amar o cinema americano graças a diretores como Coppola, Spielberg, Scorsese, David Lynch. Por isso mesmo, me esforço horrores e não consigo enxergar em Os Infiltrados (2006) o filmaço-machão-ultra-do-caralho pelo qual cruzei os dedos. Era pra ser o retorno do nosso Marty ao mundo do crime, com o auxílio do superelenco dos sonhos de qualquer um. Mas até O Aviador me pareceu mais sofisticado, satisfatório, uniforme. Conflitos Internos, o original chinês, também. Óbvio que o cabeção instalado na minha frente durante TODA a sessão muito contribuiu para a decepção. E acreditem, me dói um bocado usar "Scorsese" e "decepção" na mesma frase. Se bem que... E o Jack de altos papos enquanto segura uma mão decepada? E todos aqueles 300 raivosos "fucks" ditos ao longo da projeção? E aquele final sequíssimo e sangrento a um só tempo? O grande erro de Scorsese parece ser mesmo a idade - só não queiram compará-lo ao picareta que virou, por exemplo, o Coppola. Nota 8.

O Grande Truque (2006) é a pipoca pensante que Christopher Nolan nos devia desde Amnésia. Batman Begins não me enganou, Insônia não foi tudo isso. Já este foi BEM bonzinho. Quando será que teremos outra chance de ver Mr. David Bowie numa telona de cinema, hã? Nota 8.

Existe uma regra do cinema de ação que é a seguinte: jamais deixe a cena mais empolgante pro início. A seqüência que abre Cassino Royale (2006) prometia redefinir o cinema de ação. Mas Martin Campbell põe tudo por água abaixo ao ambientar quase todo o filme dentro da jogatina. Confesso que não entendo lhufas de carteado, e nem faço questão. É um mistério como os produtores da série 007 chegaram tão longe com a franquia. Diferente de Missão: Impossível e dos Jason Bourne, que se superam ao escolher quem vai dirigir suas aventuras, os caras só me contratam cabeças-de-bagre. Daniel Craig é um baita Bond, mas chamar Campbell de cineasta é forçar a barra. O homem é um pau mandado, um peão com uma câmera na mão e poucas idéias na cabeça. Não dá para discordar que filme de 007 é divertido mesmo quando cansa, mas eu queria era porrada. Fazer o quê. Nota 7.

Na contramão do Bond, Adrenalina (2006) entrega o nível já em seu cartaz: "acesse o site e concorra a um Playstation 2". Parece Comando para Matar com câmeras modernetes. É ação assumida e sem-vergonha, uma pauleirinha MTV curiosamente bem dosada e politicamente incorretíssima (só tem filho da puta em cena; Statham cheira todas, dá pau na Brigada e ainda chama um imigrante de Al-Qaeda). Nunca um título foi tão adequado. Nota 7.

O Diabo Veste Prada (2006) foi eleito um dos dez melhores longas do ano pelo National Board of Review. Tirando o mau gosto, taí a melhor piada do filme. Nota 6,5.

Some Alan Arkin, e Pequena Miss Sunshine (2006) perde boa parte de sua graça. Mas a sensação de ouvir os acordes de "Chicago", de Sufjan Stevens, no volume máximo a bordo de uma Kombi amarela com tanta gente legal é uma dessas mágicas que o cinema ainda permite. Nota 8.

Falta nonsense a Por Água Abaixo (2006). Fosse mais maluquete, teríamos uma grande animação aí. Nota 7,5.

Memórias de um Assassino (2004) representa uma espécie de cinema que os americanos um dia souberam fazer direitinho. O thriller coreano dá uma refrescada legal no gênero, até porque ele ignora a desgastada fórmula do suspense policial ianque, aqueles em que a gente não consegue entender como é que o Denzel Washington chega até a casa do criminoso com tão poucas pistas. No interior da Coréia do Sul, dois policiais violentos não conseguem solucionar um caso de serial killer. A bananice é tamanha, que faz com que eles recebam o auxílio de um investigador da capital. Este passa a mudar sua personalidade pacífica conforme mais corpos vão surgindo e o criminoso permanece incógnito. Enquanto isso a violência policial come solta, com direito a voadoras no pescoço de meia-dúzia de suspeitos e uma série de torturas realistas. Tenso, envolvente e às vezes assustador, é praticamente um Seven em ritmo de filme de arte, para mostrar (ou lembrar) a Hollywood como se faz. Corre para a locadora, pombas. Nota 8,5.

Christine - O Carro Assassino (1983) tem um subtítulo estraga-prazeres que ainda apavora muita gente. Não conta o fato dele ser dirigido por John Carpenter e adaptado de um livro de Stephen King? Podem até dizer que o enredo não tem a profundidade dum Crash da vida (tô falando no do Cronenberg), mas que rende uma boa discussão sobre o relacionamento sexual homem-máquina, isso rende. E algumas cenas são de foder de tão bem filmadas, coisa para se analisar em faculdades de Cinema. No papel do punheteiro apaixonado por um Plymouth 1958 vermelho está Keith Gordon (Vestida para Matar, All That Jazz), espécie de Cillian Murphy de 1980 e poucos. Ele virou diretor razoável de uns anos para cá, Noites Calmas e Crimes de um Detetive são dele. Nota 7,5.

E se você, menina-moça, desse de cara com um pedófilo após marcar um encontro pelo MSN? O suspense indie Menina Má.com (2005) aborda a delicada questão, mas vai muito além do habitual jogo de gato-e-rato que a gente vê todo dia. O espectador, depois de submetido a duas horas de violência, segredos e reviravoltas, chega a um ponto em que não sabe distinguir o vilão do mocinho. Esta é apenas uma das qualidades da estréia do diretor David Slade. Aos incautos, bom alertar que a violência é 18 anos; tem uma seqüência envolvendo uma faca e um saco de gelo que não vai sair tão cedo da cabeça de muita gente, particularmente do público masculino. É uma das grandes cenas de Ellen Page, uma mini-Suzane Richthofen que atua como gente grande e consegue o que muita atriz veterana jamais aprendeu: falar com os olhos. Claro que nem tudo é perfeito, há alguma forçação de barra e o roteiro encontra umas pedrinhas aqui e ali. Ainda assim, um produto muito mais inteligente que seu bisonho título brasileiro poderia supor ("hard candy" é uma gíria gringa para "ninfetinha"). Nota 7,5.

Nunca tinha me acontecido isso. Estava eu largadão no sofá de dois lugares lá de casa, vendo o tão sonhado DVDzinho de Caché (2005), tipo raro que exige da gente, nos respeita e enaltece o intelecto. Pois é nesse ambiente caseiro e solitário que se encontrava este que vos fala, longe da família e deitado com as pernas espichadas, imerso por completo naquelas imagens hipnóticas, fodidaaaaaças, e aí acontece uma coisa no filme que me faz saltar e sentar no braço do sofá com os olhos arregalados e o coração a milaço. A surpresa é total. Cena seca, socão na boca do estômago, disparado a melhor do ano. Aproveite bem a sessão, porque é perda de tempo tentar antecipar as verdades da trama. Certamente tu vais errar. Haneke é gênio sim, e quem discorda que vá sentar numa jaca. Nota 9,5.

Tudo pela Fama (2005) tinha tudo para ser uma comédia legalzinha: a dupla de Um Grande Garoto (Hugh Grant e o diretor Paul Weitz) a serviço de uma trama que tira sarro da política norte-americana e desses programas de calouros que eu abomino com todas as minhas forças, tipo "Fama" ou "Ídolos". Mas tudo é tão forçado, os personagens são tão pé-no-saco, muita piada fica só na intenção, que os bocejos são inveitáveis. A história é centrada na crise nervosa que abate o presidente americano (Quaid, no papel que é um alter-ego de Bush). Para reanimá-lo e fazê-lo voltar aos trilhos, seu assessor o escala como um dos jurados do reality-show mais visto da América, apresentado por Grant. Entre os concorrentes ao título de nova estrela pop, estão uma jovem caipira maluquete e um árabe com planos terroristas. Não é um desastre completo, mas deixa a sensação de que podia ter rendido bem mais. Badly Drawn Boy também fez falta na trilha, por sinal uma bosta. Nota 5,5.

Em Premonição 3 (2006), a única cena de morte que se salva é a das duas patricinhas fazendo bronzeamento artificial ao som de "Love Rollercoaster". Tirando isso temos um festival de bocejos pra ninguém botar defeito, sem o suspense do primeiro ou o gore do segundo. O que mais me deixa apreensivo é a boa bilheteria, que deve dar sinal verde pruma nova seqüência. Nota 5.

Em sua estréia atrás das câmeras, o eterno futuro astro Andy Garcia jogou um material riquíssimo direto na latrina. A Cidade Perdida (2005) do título é a Havana dos anos 50, onde proprietário de um famoso clube noturno tem de conviver com a revolução cubana até seu exílio nos EUA. O problema é que Garcia é um cineasta capenga; são ridículas as suas tentativas de imprimir ares épicos numa historinha tão enredada quanto mal conduzida. O jeito com que ele mostra Che Guevara é ridiculamente caricatural, pra não dizer pior. Garcia ainda consegue coisas impensáveis, como tornar Bill Murray um ator desagradável e dar a Dustin Hoffman apenas cinco minutos em cena! Isso que o filme tem mais de duas horas e vinte... O que fica é uma propaganda anti-Fidel com seridade histórica nula e que não deve ter agradado nem aos cubanos de Miami. Que venha logo o Che de Steven Soderbergh, este sim, um diretor que sabe o que faz. Nota 4.

Quanta má vontade todas essas críticas negativas a Estrela Solitária (2005). Certamente é um Wim Wenders menor, mas não tão pequeninho assim. Nota 6,5.

Acostumado àqueles documentários fofinhos da National Geographic em que zebras, elefantes, leõezinhos e o homem convivem numa nice, em pleno estado de espírito? Pois sua visão do mundo selvagem está a um passo de mudar. Antes que alguém pense que O Homem-Urso (2005) é o novo super-herói da parada, é bom esclarecer que ele também é um documentário. Dos mais realistas. Na verdade, um incômodo e fascinante retrato de uma tragédia. O objeto de estudo do veterano diretor Werner Herzog é o seguinte: em outubro de 2003, o ativista norte-americano Timothy Treadwell, que durante 13 verões manteve o hábito de acampar em uma reserva florestal do Alasca habitada por ursos pardos a fim de “protegê-los”, foi morto e devorado, ao lado da namorada, por um dos animais aos quais devotava sua vida. A trajetória de Treadwell é narrada a partir das fitas de vídeo que o próprio gravou no Alasca (mais de 500 horas de material). O longa é complementado por entrevistas de pessoas que eram próximas ao ecologista; aos poucos descobre-se que ele era ator frustrado, alcoólatra e sobrevivente de uma overdose, para muitos um louco. Daí sua opção pelo isolamento. O interesse do diretor não é pela questão ecológica da coisa, e que bom para nós. Não perca, por favor. Nota 8.

Ser um pai em férias é se sujeitar a ver Dumbo (1942) duas vezes num mesmo dia. Ninguém reclamou. Nota 10.

A Dama e o Vagabundo (1955) também. Nota 10.

E Branca de Neve e os Sete Anões (1937). Nota 10.

E Peter Pan (1950). Nota 10.

E Os Sem-Floresta (2006). Nota 7,5.

E Carros (2006). Nota 8.

E Pinóquio (1940). E que filme. Os relógios artesanais do Gepeto, a primeira aparição da Fada Madrinha, Pinóquio sendo engolido pela baleia, as crianças fumando no parque de diversões e depois se transformando em burros... É muito para minha cabeça. Ainda o meu Disney preferido. Nota 10.

Faster, Pussycat! Kill! Kill! (1965) é um desses cults B que só vêem a luz do dia anos depois. A estrela principal deste clássico da bizarrice fílmica é uma tal Tura Satana, que colhe os dividendos até hoje pelo papel da stripper karateca Varla. Ela faz questão de mostrar mais suas curvas do que a própria capacidade de atuar. Bom mesmo é o filme, a marginália em estado bruto, destruindo com estereótipos do american-way-of-life de maneira exemplar. Para o falecido diretor Russ Meyer, os homens são vítimas e as mulheres, perversas e perigosas, comandam. Depois de redescoberto por Tarantino, que pendurou pôsteres da produção nos sets de Pulp Fiction, Faster, Pussycat passou a figurar como um dos mais procurados no Emule, Kazaa e similares, teve sua canção-tema regravada pelos Cramps, até foi satirizado pelos Simpsons. Por incrível que pareça, a fita nunca foi distribuída no Brasil. Deve ter sido até melhor... imagine só a tradução! Nota 8,5.

Steve Martin tem um estilo único de humor. Sua atuação em O Panaca (1979) foi lembrada entre as 100 melhores da história por uma recente pesquisa da revista Premiere. Quem vê o filme sabe que a votação não foi exagero. Nota 7,5.

Isabelle Adjani, linda de morrer e uma atriz que sempre interessa, é um desses presentes dos deuses do cinema. Sua grande cena em Possessão (1981, filme que lhe deu o prêmio de atriz em Cannes) acontece numa estação de metrô completamente vazia e escura. Num plano-seqüência magistral, a câmera acompanha o ápice da crise de sua personagem, que inclui espasmos e boas doses de sangue misturando-se ao vômito esbranquiçado da moça. O filme do polonês Andrzej Zulawski é demente como um bom Cronenberg. Tem terror, arte, drama, surrealismo. Tem Muro de Berlim, Sam Neill ainda usando fraldas, criaturas nojentésimas criadas pelo mesmo Carlo Rambaldi de Alien e E.T. Possession causou furor nos festivais de cinema mundo afora (também venceu o prêmio da crítica na Mostra de São Paulo) ao abordar a estranha relação adúltera de uma dona de casa com uma criatura horrenda. São duas horas que parecem se arrastar, e ainda um final deprimente que não entendi até agora. Fortíssimo. Nota 7,5.

Assombração foi uma das sessões bizarras de 2006. Começa como um terror oriental com meninas cabeludas, elevadores e telefonemas com gemidos roucos, e depois descamba para uma fantasia ao melhor estilo Myiazaki-História Sem Fim. Legalzinho, tem visual bem cuidado e boas sacadas de roteiro. Nada memorável, pois. Nota 6.

9 Canções (2004) tem sexo e rock'n'roll saindo pelos tubos. As drogas ficam a cargo do espectador. Nota 6,5.

"Spoofs" são aquele tipo de comédia escrachada que tira um sarro em cima de filmes famosos, como Todo Mundo em Pânico. Foi deste filme que reuniram os roteiristas para, de olho nas gordas bilheterias, realizar um novo festival de bobagens. Uma Comédia Nada Romântica (2006), entretanto, não contém um décimo das gargalhadas de qualquer capítulo da série que deu novo fôlego ao besteirol. As piadas são mais rasteiras e estúpidas que qualquer quadro da Praça É Nossa, e o nível de aberrações ultrapassa o limite do tolerável. A não ser que você ache graça em ver uma mulher balançando os peitos até caírem para as costas, um sujeito colhendo sêmen para ter a aprovação do sogro, um outro com oito mamilos, gatos cagando na privada... Quer dar umas boas risadas? Fique com o Lasier tomando choque no YouTube ("aqui do lado, Pederneiras"). Nota 2.

Se o leitor não esteve em Marte nas últimas semanas, deve ter ouvido falar de um filme americano chamado Turistas. Ele vem causando polêmica por tratar o Brasil como um país maléfico, com uma selva em cada esquina e um forte esquema de mercado negro de órgãos. Mas não é que outras produções recentes nos zoaram até o fim e ninguém deu bola? Caso de 12 Horas Até o Amanhecer (2005), que reuniu elenco internacional em São Paulo para contar uma chocha e estereotipada história policial. Na trama, pai e filho nova-iorquinos donos de um bordel na Boca do Lixo se vêem às voltas de traficantes africanos e uma maleta de cocaína. O submundo paulista é retratado da forma mais ridícula possível, com direito a policiais bobocas e videntes que não erram uma. O elenco também não ajuda: depois de uma seqüência de bons papéis, Brendan Fraser nos lembra que pode ser o pior ator da Terra; a cena em que o Nachtergaele (que faz um travesti) leva chumbo no meio da rua é tragicômica; até Márcio Garcia aparece do nada, como um barman. Para coroar o "programão", o português falado pelos gringos é uma vergonha. Veto neles! Nota 3,5.

Revi Donnie Darko (2001). Cresceu muito desde que o vi pela primeira vez. Nota 9.

Doente mesmo é Escravas da Vaidade (2005). É de surpreender a elegância com que o diretor de Hong Kong Fruit Chan aborda um tema dos mais escabrosos: o canibalismo. Para reconquistar o corpinho sarado e conseqüentemente a atenção do marido, uma atriz veterana recorre aos serviços de uma espécie de curandeira que tem um segredo culinário de rejuvenescimento. Ela faz bolinhos utilizando como ingrediente... fetos humanos! Não se preocupe, que tudo (bem...quase tudo) é feito de forma sutil e com uma leve pitada de humor negro. E as duas atrizes são muito boas. Nota 7,5.

A idéia de Bandidas (2006) não era tão ruim: convocar as duas latinas mais calientes de Hollywood para estrelar uma comédia ambientada no Velho Oeste. Infelizmente, de quente o filme só tem a dupla central e o cenário árido da Cidade do México, onde elas encarnam assaltantes de banco. Porque nada mais se salva entre os escombros dessa verdadeira bomba. As piadas são primárias, com direito a gente conversando com animais, piruetas mais fake que todo As Panteras Detonando, e Salma e Penélope em briguinhas infantis, arrancando-se os cabelos e tudo. Do inexistente timing cômico às atuações medíocres de cada integrante do elenco, passando pelos cenários de Beto Carrero World, dá para ver que os diretores nada manjam de cinema. Há bigodes falsos e roupas idem que fariam bonito num daqueles filmes 80's dos Trapalhões. A trilha sonora faz um esforço danado em homenagear os westerns das antigas, mas acaba soando no mínimo ridícula. Se o trailer já assustava, vendo a obra pronta o fedor é insuportável. Corre, muchacho! Nota 3.

A Identidade Bourne (2002) na Tela Quente. Por que não? Nota 7,5.

Tudo que é demais enjoa. No Todo Mundo em Pânico 4 (2006) as piadas já não fazem rir tanto. Os Scary Movies são como os livrinhos Onde Está Wally?, em que o espectador fica tentando achar qual filme está sendo gozado desta vez. Já vamos adiantando alguns deles: Guerra dos Mundos, O Grito, Menina de Ouro, Jogos Mortais, A Vila e O Segredo de Brokeback Mountain. Você vai rir, claro, mas sabe que já viu muito melhor. De novo a direção ficou por conta de David Zucker - cineasta e roteirista responsável por algumas das comédias mais populares dos anos 80, como Corra que a Polícia Vem Aí e Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu. Pena que o véio anda meio enferrujado. Nota 5,5.

Demi Moore jurava de pé junto que daria a volta por cima com o já citado ali em cima As Panteras Detonando. Ressurgiu mais linda que nunca, saradona, bronzeada e necessária, depois de anos ausente da telona. O filme acabou sendo esquecido rapidinho, e a ex de Bruce Willis foi na carona. Protegida por um Anjo (2006), um suspense de quinta, nem chegou a ser lançado nos cinemas dos EUA, indo direto para o DVD. Os americanos fizeram muito bem. Demi continua muito boa (não como atriz, claro), mas a fita é um arremedo de várias idéias vistas em outros filmes. Os cenários são legais, exibindo praias solitárias onde há muito vento, chuva e cavalos selvagens. É para esse ambiente que vai uma escritora vítima de um trauma pessoal, o filho pequeno que morre afogado. Ela tenta completar um novo livro e passa a se interessar pelo rapaz que cuida do farol, até que... Bem, espere quando passar no Supercine. Nota 4,5.

No fone: Death Cab for Cutie - "What Sarah Said"

7 comentários:

Penkala disse...

Bom, Meninamá.com é o pior título da década. O original, além da gíria pra "ninfetinha", é o nome daquelas balas quebra queixo. uma coisa meio como "doce, mas dureza". o argumento é mais legal que o próprio filme, mas esse foi um dos melhores de 2006, com certeza.

Penkala disse...

ah, sim, caché. deu-zu-li-vre, halal, eu passei mal naquela cena. a violência do filme todo contribui pra que aquela cena deixe qualquer um com enjôo. o cara é um gênio. ele não te concede, nem por delicadeza, que tu te prepare, por mais que tu te julgue conhecedor de Haneke. ele diz: É ISSO, MANÉ, TE FODE AGORA E DURME SE PUDER. tipo assim... não tem o que dizer desse filme.

Penkala disse...

dOrme se puder. DORME.

até perdi a capacidade de escrever.

Anônimo disse...

Querido, saudades!
Anotei os melhores do Postzão que ainda não tinha visto! Vou convencer o Marquinho de ver uns títulos só pq tu que falou que é bom! hehehe
bjo grande! Tyele

Anônimo disse...

Fico sempre curioso e instigado a ver um filme depois que fazes um comentário aqui, seja ele bom ou ruim. mas, não nego: quando ele recebe nota 2 ou 3, a curiosidade é maior ainda!!!
quando aparecer por aqui, dá sinal de vida. o ben hur trabalha há duas quadras da minha casa, e a marlise é colega (chefe) da marcela. podemos combinar algo uma hora dessas!
abraço

Anônimo disse...

pô, post gigante.

infiltrados podia ser melhor se não tivesse o leonardo di caprio, não adianta, por mais grana que ele tenha nunca vai ser bom ator.

batman begins é terrível.

tem mais um monte de coisa que eu ía comentar, mas esqueci.

ha, children of men é um baita filme, acho que tu vai gostar.

Aleksander Aguilar disse...

Senhor Halal, que tal estamos? comecei a blogar recentemente e inclui vosso termometro cinematografico na minha lista de sites, ok? grande abraco econiano!