12/29/2005

Eles merecem! Eles merecem!




Na capa? Não é bem assim...!!

No fone: The Arcade Fire - "Wake Up"

12/27/2005

Chow-show


Overdose de alegria, teu nome é Kung Fu Hustle.
Admito que não achei o filme anterior de Stephen Chow, Shaolin Soccer, a última Coca-Cola do deserto. Me diverti a valer, claro, mas depois de tudo que se falou sobre ele, esperava mais. Mas, meu Deus, que que é esse aqui? São, sem exageros, os 95 minutos mais delirantes que já acompanhei em duas décadas de cinefilia, a mais perfeita tradução de um desenho animado em carne-e-osso. Daqueles raros filmes que nos levam a pensar que, quando já chegaram ao limite com a sua história, acabam nos surpreendendo ao oferecer algo ainda mais absurdo. É leve, descontraído, ágil, despretensioso, cartunesco, inovador, sempre engraçado. Inclassificável (querem mais adjetivos?).
O roteiro é digno de um daqueles clássicos dos Trapalhões, mas isso é o que menos importa. Ambientado na China dos anos 40, mostra dois malandros que se fazem passar por integrantes da Gangue do Machado - até serem descobertos por eles. Eles decidem recorrer à ajuda de um bando de vagabundos que vivem num cortiço, sem saberem que eles são, na verdade, mestres de kung-fu à paisana.
O que se segue é um festival de pancadaria, amparado por muitas gags ingênuas e efeitos visuais e sonoros dos mais criativos. Mas o verdadeiro atrativo de Kung Fu Hustle está na sua galeria de personagens, er... peculiares. Algo de se mijar rindo! Não tem graça ficar falando sobre cada um deles, por isso recomendo que tirem a teima por conta própria. No meio disso tudo, o ator e diretor Chow (olho nele!) ainda arranja tempo para homenagear alguns de seus filmes preferidos (O Iluminado, Forrest Gump, Homem-Aranha, Bruce Lee, desenhos da Warner Bros., animes, westerns-spaghetti, musicais...). De fazer babar qualquer fã de cinema.
Ah, e quem não me conhece não vá pensando que, só porque dei um 9 ontem ao King Kong, sou daqueles que se derretem por qualquer coisa. Porque esse aqui, ao menos pra mim, não merece menos que isso. Nota 9.
No fone: Von Bondies - "In the Act"

12/26/2005

Jackson's Kong


King Kong foi o meu filme de infância. Não o clássico de 1933, mas a versão tosca de 76 mesmo, aquela que passava na Sessão da Tarde e fazia a gente delirar pela Jessica Lange. Sempre que a Globo anunciava o filme eu já ia me preparando psicologicamente para vê-lo, recortava fotos na Zero Hora do dia pra depois colar no caderninho, fazia os temas mais cedo, comentava com a galerinha na véspera e talicoisa. Além disso, Mestre Halal era fissurado por animais (não à toa, a primeira opção no vestiba foi Veterinária) e seu bicho preferido sempre foi... o gorila!
Hoje eu vejo o quão idiotamente improvável era a produção (Kong avistava as torres gêmeas e se lembrava das montanhas de sua ilha!), que apesar de trazer um ator vestido de macaco a maior parte do tempo, chegou a levar o Oscar de efeitos visuais daquele ano. O classicão em p&b, que eu só conhecia de fotos, só fui assistir bem depois e até comprei em DVD. Depois dessas duas versões cuja parte técnica nos levava às risadas, era de se pensar: como seria King Kong com a tecnologia de hoje? O anúncio de uma refilmagem, admito, mexeu com os meus brios (ainda que eu deteste esse subgênero). Mesmo que o épico de U$ 207 milhões fosse entregue a Michael Bay, era certo que eu iria vê-lo no cinema.
Imagina então a minha alegria ao saber que o diretor escolhido era Peter Jackson, homem de carreira curta mas muitas conquistas. Vejamos: são de sua autoria, pelo menos, o filme mais grotesque da História (Fome Animal), a descoberta de Kate Winslet (Almas Gêmeas) e a trilogia mais bem sucedida de Hollywood (O Senhor dos Anéis). Não é coisa pouca. Pois com Kong o barbudão acrescenta ao seu currículo mais dois títulos de dar inveja: o maior salário já pago a um diretor (U$ 20 milhas) e, o mais importante deles, "o melhor remake de todos os tempos". Mesmo um pouco espichado demais, o filme é mesmo tudo isso que andam dizendo. São muitos os atrativos ao longo de seus 187 minutos: cenas de ação inacreditáveis (a seqüência do Empire State é um sonho, perfeita, perfeita, perfeita), bons atores (com honras para Andy "Gollum" Serkis), fotografia oscarizável, direção de arte e figurinos tinindo, a eficiente trilha sonora feita a toque de caixa por James Newton Howard... Sem dúvida, um dos filmes do ano. É pipoca sim, mas enche a pança. Nota 9.

No fone: The Kills - "Love is a Deserter"

12/23/2005

Merry Xmas!!



No fone: Violins - "Atriz"

12/20/2005

Ano novo, blógue novo!

Invente, tente, faça um 2006 diteferen!!

No fone: Móveis Coloniais de Acaju - "Seria o Rolex?"