1/12/2006

Cronenba


Quem achou o máximo a rapariga saindo da TV no horroroso O Chamado claramente nunca viu Videodrome. Como qualquer Cronenberg, tudo neste terror lembra um filme B: há mutilações corporais, metamorfoses, realidades paralelas e virtuais, personagens estereotipados... Na contramão, temos a profundidade e a ousadia que poucos diretores têm cacife para mostrar em 85 minutos de película, condensados numa viagem psicodélica aos confins da loucura, uma verdadeira experiência-limite sobre a ação da televisão sobre a mente humana (isso num longínquo 1983!). Visual e intelectualmente estimulante, Videodrome é um filme-tese muito à frente de seu tempo.
...Estranho, agora cheguei a lembrar de MacLuhan e um professor chato da faculdade. Nota 7,5.

No fone: Renaissance - "Ashes are Burning"

Um comentário:

Penkala disse...

ah, mcluhan, mcluhan, seu bobalhão.