Coisa estranha esse 2005. Aconteceu tanta coisa e, ao mesmo tempo, parece que o ano não andou. Não foi bom, não foi ruim... Sei lá, talvez seja o fato de que meus filmes preferidos tenham sido os do Oscar (três deles!), coisa mais rara que achar figurinha do Hulk no Doritos. Sinal também de que a Academia acertou como não fazia há décadas.
O filé mignon do ano, na verdade, só vai dar as caras por aqui em dozmiliseis (Brokeback Mountain, Syriana, Capote, The Descent, Last Days, Caché, Match Point, Good Night, and Good Luck...). Além disso, deixei passar muita coisa que dificilmente vai me decepcionar (Flores Partidas, O Jardineiro Fiel, Contra a Parede, Crash, Uma Vida Iluminada, Caiu do Céu, Cidade Baixa).
Em casa, a história foi outra: com o DVD novinho (pago em 0 + 10x e já pifado!) e a promoção pega-lançamento-ganha-dois catálogos da locadora, pude aproveitar esses doze meses pra colocar minha filmografia em dia. Desvirginei classicaços como Crepúsculo dos Deuses, A Malvada (valeu, Didigo!), Festim Diabólico, Sindicato de Ladrões, O Último Tango em Paris, Fugindo do Inferno, Rebeldia Indomável, os três do James Dean, antigos de Coppola, Kubrick e Scorsese... Dos recentes, Ônibus 174 e E Sua Mãe Também entrariam fácil, fácil nessa listinha aí de baixo. Também foi o ano do reencontro com Ensina-me a Viver, um dos meus grandes cults!!
2005 foi ainda o ano que me redimiu de um preconceito bobo: seriados. O viciante Nip/Tuck foi a melhor coisa que meus olhos viram, seja no cinema, seja na telinha. Violento, amoral, ousado, puta trilha, tudo aquilo que gosto de ver na telona estava lá, naqueles cinco disquinhos de R$ 125 (compro ou pirateio?). Os seis personagens principais de Six Feet Under também garantiram um espacinho no meu coração - isso sem falar n'O Urso na Casa Azul!! Agora é roer as unhas esperando chegar o box com a primeira temporada de Lost.
Bom, deixemos o papo de lado e vamos logo à ação!
Parafraseando meu amigo Rodrigo, um feliz Ano Novo a todos nós, noguinhos!
1. Menina de Ouro (Million Dollar Baby). Não há nada melhor que falar "um merecido Oscar de melhor filme". Clássico imediato.
2. O Aviador (The Aviator). O melhor Scorsese desde Cabo do Medo levou um pescoção sem dó nem piedade do Clint. Mas um dia ele ainda vai sair daquele tapete vermelho com um boneco na mão.
3. Marcas da Violência (A History of Violence). Miolos estourados e inteligência convivendo numa boa? Caraca, tinha esquecido como é fantástico esse Cronenberg!
4. Kung-Fusão (Kung-Fu Hustle). Todo ano tem de ter seu clássico trash. Ano passado foi a vez de Shaun of the Dead; neste, Stephen Chow provou que ESTÁ aí pra brincadeira com um filmaço. Piração total.
5. Sideways - Entre Umas e Outras (Sideways). Só não amou quem não pegou o espírito.
6. King Kong (idem). A seqüência do Empire State, senhores.
7. Sin City - A Cidade do Pecado (Sin City). Já tava começando a achar que o Robert Rodriguez era uma farsa. Ainda bem que eu estava errado.
8. Herói (Ying Xiong/Hero). Espetáculo é uma palavra que deve ser guardada para momentos especiais; este é um deles. Digam-me um filme visualmente mais bonito. Só um.
9. A Vida Marinha com Steve Zissou (The Life Aquatic with Steve Zissou). Continuem falando mal do Wes. Continuem.
10. Closer - Perto Demais (Closer). "Qual o gosto da porra dele? É adocicada?". Depois dessa fala, até a Julia deu pra engolir - eu disse a Julia, não a porra!!
Faltou lugar:
Maria Cheia de Graça, Hora de Voltar, O Clã das Adagas Voadoras, O Segredo de Vera Drake, A Noiva-Cadáver, Contra Todos, Oldboy, Mar Adentro, O Guia do Mochileiro das Galáxias.
No fone: Teenage Fanclub - "Cells"
1/02/2006
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2 comentários:
Didigo diz::: DE NADA !!
um filme visualmente mais belo que HEROI? CLÃ, né? esses dois devem ser daqueles que baby-Gus fica detonando as caixinhas de taaaaaaaanto ver. iiiiiiii ó!
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