

Sempre vi esse Milos Forman, mesmo com seus dois Oscar no bolso, como um cineasta muito do subestimado. Mostrando aqui uma das decisões mais subversivamente inteligentes do cinema, o tcheco optou por concentrar as atenções justamente no arquirival de Mozart, pegando a todos na rebarba. Praticamente todas as cenas são ilustradas por peças do compositor, numa aula de como se trabalhar a trilha sonora de um longa-metragem. O resultado é magnífico e leva à reflexão: será que Taylor Hackford sempre escutou os CDs do Ray Charles por livre e espontânea vontade? E Ron Howard, passava suas noites de sábado juvenis vendo lutas de boxe na TV? É isso o que diferencia um diretor de cinema de um mero peão-de-obras: a paixão pela arte. Isso o Forman tem de sobra.
Ah, e olha só o novo projeto do véio: Goya's Ghosts, com uma duplinha de arrepiar: Javier Bardem e Natalie Portman. Vai pro trono ou não vai? Nota 9.

Falando em injustiças... Nota 10.
No fone: The Clash - "Rudie Cant' Fail"
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