3/06/2006

Zumbis e... Ryan Phillipe?

Como fazer um filme bacanão de mortos-vivos? Dá pra acrescentar alguma coisa nova a um subgênero tão batido e preso às suas próprias limitações? Com a palavra, o criador do gênero: George A. Romero.
O velhinho que deu ao mundo A Noite dos Mortos-Vivos (1968) já devia estar se sentindo um zumbi ele próprio; há anos sem filmar, assistiu de camarote ao sucesso dos excepcionais Extermínio, Madrugada dos Mortos e Shaun of the Dead, e sentiu que tava mais do que na hora de voltar à cadeira de diretor. A galerinha do shopping deve achar os três citados acima mais energéticos, mais modernos que Terra dos Mortos. Em suma, melhores. E realmente são, mas é preciso se ligar também que eles não existiriam se não fosse por Romero. Land of the Dead é autêntico, sujo, quase ausente de humor e com um desenho de produção escuro, no maior astral de Fuga de Nova York, do Carpenter.
Não atinge o status de clássico ou de obra essencial, mas faz bonito numa programação recheada dessas bestices de Chamados e Pânicos na Floresta. Nota 7,5.

Difícil dizer qual o título mais malicioso, O Terceiro Olho ou o original The I Inside. Longe de ser espetacular, e seguindo o manual "quebra-cabeças-e-daí?" seguido à risca por Efeito Borboleta e Identidade, já dá pra prever o sucesso que esse suspense meia-boca vai fazer nas locadoras e nas aulas de Psicologia da Católica. Nota 6.

No fone: Supergrass - "St. Petersburg"

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